INVENTAR O VERÃO
Agosto de 2012 - ZESTOA Vista de um quarto de hotel. O verde profundo dos troncos de árvores centenárias. As copas de um verde mais suave, a reflectir o sol tímido da manhã. Fundado em finais do século XIX, por este hotel balneário passaram gerações que procuravam a paz imutável que dimana de um equilíbrio manso entre o Homem e a Natureza. Do mesmo quarto de hotel, o olhar alcança a linha dorsal da montanha. E, bem mais perto, lá em baixo, os caminhos bem tratados onde passeamos sem pressa, escutando os rumores da água que corre no rio e a nossa respiração. Curiosidades de um tempo áureo que passou. Os cadeirões em verga, com alçado, para evitar os rigores do sol, numa época em que não era prioridade exibir troféus de praia. Na secção museológica do hotel. A grande cobertura em vitral, num dos salões de lazer. Uma obra belíssima, ainda que a necessitar restauro, mas que patenteia o esplendor dos hotéis de charme de finais do século XIX, frequentados por uma ari